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Oi gente, tudo bem?
Muito se fala das novas configurações familiares, de dois pais, duas mães, de quem não tem pai ou de quem não tem mãe.
Muito se fala de como os filhos se sentem em relação a tudo isso, mas vem cá, como se sentem os pais ou mães nessas situações?
Como se sente uma mãe que também é pai em pleno dia dos pais?
Existem mulheres por motivos diversos que se viram obrigadas a ocupar o papel paterno na família e eu tiro meu chapéu pra elas, pois criar um filho é super difícil, ainda mais sozinha.
Teve um dia que conversando com uma amiga, eu falei que se eu fosse solteira, daria conta do recado sozinha. O recado em questão é criar a Clara.
Falei isso quando ela tinha uns 8 - 9 meses e falei porque meu Marido nunca levantou ou acordou de madrugada, trocou poucas fraldas, deu poucas vezes as refeições pra Clara. Basicamente enquanto eu trabalhava fora, ele ficava com ela aos sábados, pois os demais dias era eu a responsável por tudo.
Pois é, o tempo passou e hoje ela com 1 ano, a interação entre os dois mudou e mudou bastante.
Ela pede por ele de uma forma linda, seus olhos brilham quando ela o vê e por mais que ela esteja deitada no meio de nós dois na cama e ela mamando em meu peito, ela coloca a mãozinha nele, pra senti-lo por perto.
Acho que é aquele tal lance da proteção, sabe?
Pois é, hoje eu percebo que é importante esta outra figura além da mãe pra criação das crianças e "mordi" minha língua rs.
Hoje o post trás um depoimento bem lindo da Priscila, blogueira do Mamãe de Fases e Pãe da Bruna, uma fofura de menina.
A minha gravidez não foi planejada. Eu sempre quis ser mãe,
mas aquele não era o momento e nem o pai certo para a minha filha. Quando
descobri que estava grávida, como tantas outras mulheres, me vi em meio a um
turbilhão de emoções, mas principalmente, fiquei muito confusa. Desde o começo,
eu sabia que teria que lidar com o fato de não ter um pai em casa, presente na
vida dela, e nem na minha.
Depois de algumas horas tentando assimilar a ideia de que
seria mãe, percebi que precisava lidar com o fato de que eu também seria pai. É
claro que a Bruna tem um pai biológico, que hoje em dia participa da vida dela,
mas ele é o cara que pega ela uma vez por mês e leva para passear. Mas quem
seria o cara que impõe limites, que ensina a amarrar o tênis, e diz que está na
hora de dormir? Eu.
Tradicionalmente mamãe faz carinho e papai é mais sério,
explica o que pode ou não pode. Sempre soube que eu teria que ser as duas
pessoas. Tenho plena consciência de que sou responsável pela educação e
formação da minha filha, e que a pessoa que ela será no futuro, depende da
mãe.... e do pai que vou ser para ela.
Ser pai e mãe (pãe) ao mesmo tempo, é
acordar com o choro do bebê de madrugada, olhar para o lado da cama, e perceber
que levantar e acalma-la é algo que só
você pode fazer. É dar uma bronca, já que você é o pai, e em alguns minutos,
abraçar e pedir desculpas, porque afinal, você é a mãe. O mais importante de
tudo é o amor, louco e incondicional que eu sinto por ela, e é isso que me faz
todos os dias ser sua mãe e seu pai.
Hoje eu me acho corajosa, porque criar um filho não é nada
fácil, mas criar um filho, sozinha é bem mais complicado, mas com certeza um
ato de coragem.
Feliz dia dos pais, para todas as corajosas “pães”.
Um feliz dia das Pães pra todas vocês!!!!
<3
Beijos
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