sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Introdução Alimentar dos bebês: Dicas e Orientações

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Uma das maiores dúvidas que respondo por aqui, na fanpage e nas consultorias é como deve ser feita a introdução alimentar dos bebês. Quando, quais alimentos são permitidos, como oferecer, suco, água, fruta ou papa salgada são dúvidas frequentes das mães.

Alguns Pediatras não seguem totalmente as últimas recomendações do Manual de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e ajuda a confundir ainda mais as cabeças das mães que vão atrás de tudo que é informação com a vizinha, Dr. Google, grupos de alimentação no face e assim por diante.

Minhas orientações são baseadas nas recomendações do Manual e de estudos recentes, afinal, área da saúde não é algo estático e graças à Deus pessoas estudam e as coisas evoluem.

- Porque esperar 6 meses pra Introduzir os alimentos sólidos pros bebês:

Antigamente a recomendação era iniciar a introdução dos alimentos aos 4 meses, porém, isso mudou e agora a indicação é que seja feita aos 6 meses. Infelizmente muitos profissionais não respeitam essa importante mudança, unidos a falta de atualização e ao desespero de muitas mães voltarem ao trabalho por causa do fim da licença maternidade.

Olha só algumas razões pra você esperar até os 6 meses pra introduzir a alimentação de seu bebê:

1. O intestino do bebe precisa estar desenvolvido

Os intestinos são a parte do corpo que filtra, peneirando as substâncias potencialmente perigosas e permitindo os nutrientes saudáveis. Nos primeiros meses, esse sistema de filtração é imaturo. Entre 4-6 meses o revestimento interno do intestino do bebê passa por um processo de desenvolvimento chamado fechamento, onde o revestimento se torna mais seletivo sobre o que pode ou não passar.  Por volta de 6-7 meses de idade, os intestinos do bebê estão maduros e capazes de filtrar os alérgenos mais ofensivos. Por isso que é tão importante esperar a introdução de alimentos sólidos particularmente se existe uma historia de alergia alimentar na família do bebê, o que demonstra uma tendência do bebê desenvolver alergias também, e prestar muita atenção quando oferecer os alimentos aos quais outros membros da familia são alérgicos.

2. Bebês jovens tem reflexo de propulsão da língua

Nos primeiros 4 meses, a língua tem um reflexo de propulsão para proteger os bebês contra engasgo.

Quando qualquer substância incomum é colocada na língua, automaticamente empurra para fora e não para dentro. Até os 6 meses de idade esse reflexo diminui gradualmente, dando ao primeiro cereal ou fruta uma chance de entrar no estômago e não ser rejeitado pelo reflexo da língua. Não somente essa parte inicial do trato digestivo (língua, boca) não está pronta para sólidos, como também a parte final (estômago e intestinos) também não estão "prontos".

3. O mecanismo de engolir do bebê é imaturo

Outra razão para não ter pressa na introdução de alimentos sólidos é que a língua e o mecanismo de engolir podem não estar prontos para funcionar juntos.

O bebê não tem um bom controle da mastigação e a direção para engolir, o que vai ser desenvolvido entre 4-5 meses de idade. Nessa fase o bebê desenvolve a habilidade de mover a comida do começo da boca para o fundo ao invés de deixar a comida flutuar em todo lugar e cuspir boa parte disso. Antes dos 4 meses de idade, o mecanismos de engolir do bebe é feito para trabalhar com sugar, mas não mastigar.

4. Bebês precisam ser capazes de sentar

É importante que o bebê se sente num cadeirão de comer, uma habilidade que a maioria dos bebês desenvolvem por volta de 5-7 meses. Segurar um bebê na posição tradicional de mamar não é a melhor maneira de introduzir papinhas, porque seu bebê vai achar que vai ser amamentado (ou tomar mamadeira) e vai achar que algo esta errado e vai provavelmente rejeitar a comida.

5. Bebês novos não são capazes de mastigar


Dentes raramente aparecem antes de 6-7 meses, outra evidência forte de que os bebês muito novinhos são designados para sugar e não mastigar. Nos estágios pré-dentes, entre 4-6 meses, bebês tendem a babar, e a saliva que ele baba é rica em enzimas, que ajudarão a digerir as comidas sólidas que virão em breve.


6. Bebês com mais de 6 meses gostam de imitar pais ou quem cuida deles


Por volta dos 6 meses de idade, bebês gostam de imitar o que vêem. Eles vêem você comer um legume e desfrutar com isso. Eles querem pegar um garfo e fazer o mesmo.

Pra ver o artigo completo, clique AQUI.


- Começar pela fruta ou pela papa principal (salgada):

Os bebês já estão acostumados com o sabor mais adocicado por causa do leite materno ou fórmula, desta forma, iniciar pelas frutas pode ser mais fácil a aceitação.

Comece com as frutas mais doces e "básicas" como banana, pêra, maçã. Ofereça repetidamente a mesma fruta por 3 dias seguidos no mínimo e observe se tem alguma reação alérgica.

As frutas ditas "proibidas" é o abacaxi por ser alérgico e causar aftas em algumas pessoas, morango por causa da quantia de agrotóxico, mas se for orgânico não vejo problema.
Ao meu ver, as frutas mais cítricas e azedas devem ser introduzidas conforme o bebê se acostuma mais com a novidade em sua alimentação.

Recomendo que os bebês fiquem 1 semana comendo só a fruta 1 vez por dia, pra depois introduzirmos a papa principal, também 1 vez por dia.
Espere mais 1 semana e introduza a fruta no lanche da tarde e o jantar.

Fica mais ou menos assim:






- Como fazer e oferecer a Papinha Principal:

Gente, fazer a papinha é a coisa mais fácil do mundo, eu adorava fazer as papinhas da Clara e em um dia já fazia várias opções, congelava e ela não comia nada repetido.
A papinha deve ser feita com todos os grupos dos alimentos, assim você proporciona a ingestão dos nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê.

Olha só esta tabela, é só escolher 1 alimento de cada coluna e fazer a papinha.



Pra temperar, abuse dos temperos caseiros como cebola, alho, salsinha, cebolinha, orégano, coentro, tomilho, manjericão.

Eu recomendo cozinhar os ingredientes separadamente, com pouca água, panela fechada pra não perder as vitaminas hidrossolúveis (as que se dissipam na água durante o cozinmento), sem sal na água. 
Depois de tudo cozido, amasse com o garfo, sem triturar, liquidificar, peneirar, misture e tempere.

Uma forma bem bacana é também temperar os ingredientes separadamente pra apresentar os sabores e texturas unicamente aos bebês.

- Leite de vaca e derivados:

Esse grupo de alimentos só é indicado após aos 12 meses, pois é um grupo alimentar altamente alérgico. Ou seja, queijo, iogurte, leite, requeijão, danone, petit suisse NÃO é apropriado pros bebês antes de 12 meses.

Quer ler mais sobre o leite de vaca???
Olha só textos bacanas pra entender o porque esperar: Tecnologia do Leite – Prof. Dr. Ernani Porto
Composição do Leite e seu Valor Nutricional - Michel A. Wattiaux - Babcock Institute. http://babcock.wisc.edu/sites/default/files/de/pt/de_19.pt.pdf
Ingestão de nutrientes e estado nutricional de crianças em dieta isenta de leite de vaca e derivados – Medeiros et al. - Jornal de Pediatria http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n5/v80n5a06.pdf



- Sucos, chás e água:

Este é um ponto que causa o maior alvoroço na hora da introdução alimentar, afinal, quem nunca ouviu de um Pediatra pra começar com o famoso suco de laranja lima?
Pois é, essa era a recomendação antigamente, mas também mudou.
Atualmente estudos mostram que a ingestão de sucos está associada a Diabetes tipo 2 e tem todo um embasamento científico por trás desta teoria, ou melhor, recomendação.

Quando fazer suco com a fruta, ingerimos mais Frutose (açúcar natural da fruta), perdemos as fibras contidas nas frutas in natura e com isso temos um pico de índice glicêmico. Quando aumentamos o índice glicêmico, liberamos mais insulina e por aí vai.

Outro fator é a importância do bebê conhecer as frutas, sua textura, seu sabor real.

Resumindo: SUCOS, chás só DEPOIS DE 1 ANO.
Água já pode ser oferecida, em caso de aleitamento materno, não tem tanta importância no quesito hidratação, mas é importante a criação do hábito de beber água.

- Qual a quantia os bebês devem comer:

Bom, vamos relembrar o que eu sempre digo:

Nós pais somos responsáveis pelo o que nossos filhos vão comer e eles responsáveis pela quantidade que vão ingerir.
Nós não sabemos quanto cabe no estômago deles e precisamos respeitar o limite deles.
É normal começar com 1 colher de sopa e aos poucos ir aumentando gradativamente, conforme for melhorando a aceitação.
Não se desesperem com a quantia que eles comem e sim evitem dar industrializados e um monte de coisa desnecessárias (bolacha maria, biscoito polvilho, petit suisse e assim por diante).

- Açúcar:

Açúcar em excesso é responsável por causar diabetes, sobrepeso, obesidade e tudo que vem junto com essas doenças.
Os bebês não sabem o que é azedo, doce ou salgado e cabe a nós introduzirmos os novos sabores.

O bebê não sabe que abacate sem açúcar é ruim, quem sabe somos nós, ou seja, NÃO precisa dar AÇÚCAR antes de 2 anos pra nenhum bebê e criança, principalmente açúcar de adição.
Não colabore pra seu filho ser a mais nova "formiguinha" do pedaço.


Clara e o abacate :)


Deixe ele descobrir com o tempo esse tipo de coisa. Além do mais, segundo o Manual da Sociedade Brasileira de Pediatria, açúcar só é indicado após 2 anos.
Vale a pena ressaltar que produtos industrializados são ricos em açúcar, leia nos rótulos a quantia de carboidratos e tenha um pouco de noção do quanto açúcar você oferece pro seu filho mesmo sem saber.
Sucos industrializados, engrossantes, petit suisse, gelatina, biscoitos e bolachas e até mesmo as fórmulas infantis são ricas em açúcar.

- Entenda a sujeira desta fase e se jogue:

Mães, dar papinha suja, bebês querem colocar as mãos na comida, na fruta.
Deixe-os explorarem esta fase, ofereça alguns alimentos nas mãozinhas deles e os deixem descobrir as texturas.
Sou totalmente contra os alimentadores, pois você bloqueia o momento de descoberta do bebê.
Fique sempre por perto, engasgar faz parte da fase de ser bebê, por isso precisa sempre estar ao lado do bebê enquanto ele come.
Foto de uma das primeiras papinhas :))




RESUMINDO e meus maiores conselhos e orientações:


AQUI no blog, postei todas as receitas que fiz de papinha pra Clara, é super fácil de achar e o melhor, mais fácil ainda de fazer.

Vem pegar as receitas :)

Boa sorte nesta nova e deliciosa fase.
Beijos




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Amamentar não é moda e sim um ato de saúde.

Amamentar NÃO é moda 


Oi gente, tudo bem?

Ontem rolou o maior bafafá por causa de um texto escroto, sem cabimento, sem embasamento científico sobre amamentação em uma revista materna. Cheguei a postar na FANPAGE, o post teve vários comentários, mas depois que passou pela minha cabeça que era justamente isso que a revista queria "ibope", deletei o conteúdo.

Todos os comentários foram contra a matéria e somente um buscou entender as duas situações: a mãe que amamenta e a mãe que não amamenta, inclusive veio de uma leitora que gosto muito, é participativa e sensata, ou seja, concordei com a resposta e opinião dela que foi mais ou menos essa:  Mães que amamentam pressionam as que não amamentam, pois o que ouvimos é que amamentar é um ato de amor, é como criamos vínculo com nossos filhos e que bebês amamentados são mais saudáveis e ela sem conseguir amamentar acreditou durante algum tempo que não teria este tal vínculo com seu filho e que o mesmo poderia não ser saudável.

Eu já venho com o outro lado da questão, o lado da falta de estímulo em amamentar que recebi desde a maternidade tão conceituada de São Paulo, nas consultas com 4 pediatras e com algumas opiniões de pessoas próximas de mim:

- No ato da alta hospitalar, a Pediatra de plantão me entregou sua prescrição e me orientou da seguinte forma: Se trocar 2 vezes seu bebê e a fralda estiver seca, ela está desidratada, ou seja, dê tantos mls da fórmula X;

- Nenhuma enfermeira me ensinou a amamentar, o lance da pega correta e saí da maternidade com meus bicos em carne viva, mordia o travesseiro pra amamentar minha filha de tanta dor, vi sangue na boca da Clara ao amamentá-la;

- Na primeira consulta da Pediatra 1, que foi 5 dias após eu ter chegado em casa, Clara não tinha ganho o peso que perdeu na maternidade e a orientação que recebi foi: se ela não ganhar peso em 5 dias, entraremos com a fórmula X;

- O palpite mais descabido que recebi da minha cunhada foi: dá uma mamadeira da fórmula X pra ela às 23hs, assim ela dorme a noite inteira e você descansa (isso quando ela tinha 1 semana de vida);

- Outro palpite descabido de familiares: dá chupeta pra ela, pois ela está usando seu peito como chupeta e você vai virar escrava;

- Consulta com o Pediatra 2 aos 4 meses: começa a dar mamadeira e a fórmula X pq logo você volta a trabalhar e ela tem que se acostumar;

- Consulta com o Pediatra 3 aos 6 meses: Mãe, leva esta fórmula X pra casa, pois você não vai conseguir continuar amamentando, você não vai conseguir ordenhar a quantia necessária de leite pra ela tomar no berçário;

- Consulta com o Pediatra 4 aos 12 meses: está na hora de desmamar, né? Ela precisa conhecer os outros leites.

- Comentário que mais escuto de pessoas próximas: não sei pra que amamentá-la ainda, ela já come tudo ou só até 2 anos então, né?

Eu nunca fui incentivada a amamentar, muito pelo contrário, tive mil motivos pra desistir, pois Clara acordava a cada 1 hora até os 5 meses e eu vivia cansada, cheia de olheiras, pois pouco dormia.
Não tenho empregada todos os dias, apenas faxineira 1 vez por semana que vai em casa apenas pra limpar. Roupa, comida e organização sou eu quem cuido. 
Voltei a trabalhar quando minha licença maternidade + férias acabaram e Clara foi pro Berçário, onde eu ordenhava meu leite da loja, congelava e mandava pra escola e as berçaristas davam de colher pra ela, pois eu não dei mamadeira e ela não aceitou o bico rígido.
Trabalhava de segunda à sábado, cuidava da casa ... enfim, ao contrário do que falam, não tinha a vida "fácil" pra aderir a amamentação.
Aderi a amamentação por causa de todas suas vantagens pro bebê, lutei contra todos os palpites que recebi, contra todas as orientações de profissionais que recebi, fui atrás de ajuda, venci os bicos em carne viva, venci a pega errada e minha filha sempre ganhou peso, cresceu, se desenvolveu corretamente.
Descobri o ponto de equilíbrio meu e dela e como descansar e nunca me descontrolei ou me tornei a mau humorada por amamentar em livre demanda.
Respeite os sinais de choro da minha filha, dei colo, dei carinho, dei chamego, dei peito e ela sempre parava de chorar.
Respeitei os picos de crescimento, as "manhas" e fomos, ou melhor, estamos indo da nossa maneira aqui em casa.

O que não aceito e acho nojento, descabido é esta falta de informação, essa mania de querer sempre alfinetar um dos lados e pra mim sempre é o lado de quem amamenta que é sacrificado, pois incentivo ainda é pouco, infelizmente as Empresas pegam pesado no incentivo ao uso de fórmulas. Infelizmente os pediatras acham que amamentar é desnecessário e já ouvi isso de mais de um profissional.

Amamentação prolongada então .... pra que???
Eles ainda tem a cara de pau de dizer que o leite perde os nutrientes após 1 ano da criança.

Gente, por favor. Não amamentar por motivos fisiológicos é algo que pode acontecer e em hipótese alguma a mãe deve se sentir culpada por isso. Claro que ela ama seu filho, claro que terão vínculo, claro que ele será saudável.

Mas falar que o bebê chora por fome e como amamentar é moda a mãe acha que é cólica e nada faz pra amenizar o choro do bebê?
Falar que a Maria é quem sabe o que o bebê precisa e não a mãe que quer amamentar?
Falar que o leite em pó é uma maravilha e deixar nas entrelinhas que o leite materno não sustenta a criança??? - Trechos do texto do qual não vou por o link, pois não quero promovê-lo

Sim, várias mães dão complemento pra seus filhos, mas será que esta é a melhor e única solução? 
Será que o pediatra que cuida do bebê tentou outras opções pra aumentar a produção do leite da mãe?
Será que o pediatra explicou que o peito fabrica leite enquanto o bebê mama, ou seja, aderir a livre demanda e fugir do padrão "mamar a cada 3 horas" pode ser solução pro "pouco leite"?
Será que o pediatra viu logo na primeira semana que a pega está correta?
Ou melhor, será que as enfermeiras da maternidade onde o bebê nasceu explicou, ensinou como é amamentar???

Amamentar não é assim tão fácil, muito pelo contrário, pra mim é difícil e precisamos sim de ajuda.
Muitas de nós, pelo menos eu achava que ao colocar a Clara no meu peito ela iria imediatamente começar a mamar como se não houvesse amanhã.
Tipo o bebê da lagoa azul que é colocado no mar e saí nadando lindamente.

Gente, a questão não é apedrejar as mães que não amamentam e sim apedrejar os profissionais, jornalistas, revistas que não incentivam a amamentação de forma correta, de que ao invés de fazê-lo desestimulam a continuar, a tentar.

E mães, a maternidade é cheia de culpa porque vocês se permitem se sentir culpada ou te culparem. 
Se for assim, eu tenho que sentir culpa porque amamento minha filha de 1 ano e 5 meses, o que é "ridículo", uma vez que ela já come de tudo.

Beijos


Olha aqui os posts que fiz sobre amamentação:


Tive problemas com amamentação logo no começo e neste post conto como superei e segui em frente: http://www.maternidadecolorida.com.br/2012/08/amamentacao-e-suas-possiveis-duvidas.html



Voltei ao trabalho e conto neste post como continuei firme e forte com o aleitamento:



Quando chegamos perto de 1 ano, senti meu leite diminuir, me desesperei e neste post conto como fiz: http://www.maternidadecolorida.com.br/2013/06/quase-1-ano-e-como-fica-amamentacao.html



Na consulta do pediatra de 1 ano ele veio com o assunto desmame e falei sobre isso aqui:








terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cozinhando com as crianças: Dicas e Receita de Torta Integral de l.iquidificador {Culinária pra Crianças}

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Oi gente, tudo bem?

Faz tempo que não trago uma receita pra vocês, né? Vocês sabiam que levar as crianças pra cozinha cria vínculo também?
Sim, colocar a culinária em prática com a família é mais um momento pra fazerem algo juntos e no caso de crianças que não comem, pode ajudar a descobrir novos interesses, sabores, alimentos, texturas, odores .... Então, chegou o momento de colocar os filhotes com a mão na massa e juntos fazerem alguma receita. 

Que tal???
Ah! Nem me venha com a desculpa de que você não sabe cozinhar .... é só arregaçar as mangas, estar com vontade, confiar e acreditar que sim, a receita em família vai ser sucesso.

Pra mim, crianças com 2 anos e meio/3 anos já podem ir pra cozinha ajudar os pais nesta tarefa. É super legal, pois conforme forem executando a receita, vão falando o que é cada alimento, pra que serve e deixando a criança interagir, se sujar e ajudar.
Estudos mostram que crianças que participam de suas escolhas alimentares e têm contato com os alimentos, tem menos chances de serem obesas, claro que as escolhas tem que ser baseadas em uma alimentação saudável.

Uma linda salada de folhas e alguns vegetais é super fácil de fazer, assim como uma torta de liquidificador e de sobremesa gelatina ou salada de frutas.

Olha as receitas e dicas:

Salada verde

Pra salada, deixe que as crianças lavem as folhas, escolha 3 tipos diferentes e ensine-os a lavar folha a folha pra tirar os "bichinhos" que ficam nelas.
Tomate cereja, pepino e cenoura também completam a salada, além de dar aquele colorido.
As crianças se encarregam de lavar vegetais e folhas e os adultos, descascam, cortam e ralam.
Depois disso tudo feito, deixe que eles preparem o prato com a salada, permita que eles enfeitem ae façam carinhas engraçadas e lúdicas do modo como desejarem.
Se estiverem inspirados, dá até pra fazer um patê de ricota pra passar na cenoura e pepino palito, fica uma delícia.


Torta de Liquidificador

imagem: arquivo pessoal

Esta receita é super simples, as crianças podem fazer sozinhas, desde que com a supervisão de um adulto que também deverá ser o responsável pelo forno/fogão.
O recheio também pode variar de acordo com o que você tem na geladeira e despensa. Fica uma delícia e junto com uma saladona é uma refeição completa.




Salada de Frutas


Esta receita apesar de super fácil, exige supervisão pois, as frutas precisam ser cortadas. Apesar disso, as crianças não ficam de fora da elaboração!
As uvas sem sementes podem ser colocadas inteiras e as crianças as tiram do cacho e coloca na tigela.
Peça pra elas lavarem as frutas, descascar as que conseguem, descascar sem faca e as que precisam ser cortadas com faca fica por conta dos adultos.

Quer deixar a salada de frutas mais cremosa ou colocar tipo uma calda por cima?
pode colocar suco de laranja e até mesmo coalhada sem açúcar batida com uva passa (pra adoçar naturalmente). Fica uma delícia.

Frutas que deixam as saladas deliciosas:

Uva sem semente
Mexerica
Banana
Kiwi
Morango
Abacaxi
Manga

Mas vocês podem escolher as preferidas de vocês.
Na minha opinião, as frutas cortadas maiores deixam a salada mais bonita.
Outra dica é deixar as crianças misturarem as frutas e elas mesmas servirem a todos em porções individuais.

Gostaram???
Já tem uma atividade bacana e nutritiva pra vocês fazerem em familia.

Beijos

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quanto a criança tem que comer em cada refeição?

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Oi gente, tudo bem?

Uma das maiores queixas das mães que atendo é em relação a quantia de comida que seus filhos comem e isto começa logo na primeira mamada. O medo do não ganho de peso ainda é bem maior do que o excesso de peso e muitas vezes é desnecessário.
Logo depois quando começa a introdução dos sólidos (que deve ser aos 6 meses de vida), a primeira dúvida das mães quase sempre é "quanto" oferecer e depois vem a duvida do que oferecer, sendo que deveria ser o contrário.

Por um acaso você sabe quantos mls de leite materno seu bebê mama? Não! E ele se satisfaz sozinho, certo??
Então se desprenda da quantidade de comida e se preocupe mais com o que vai oferecer nas refeições de seus filhos.

A escolha dos alimentos deve ser dos pais, ou seja, nossos filhos comem o que escolhemos que eles vão comer. 
Já a quantia dos alimentos, são as crianças que determinam pois, nós não sabemos o tamanho do estômago deles e quanto cabe de comida naquele momento.

AMEI essa imagem e é daqui :)


Aí vocês me perguntam:

- Mas como saber se é suficiente?

Seu filho está se desenvolvendo bem? É ativo, brinca, foi na consulta do pediatra e cresceu, ganhou peso? Então ele está comendo o suficiente.

Ser um bebê ou criança "fofinho", gordinho, não significa que ele esteja saudável e que esteja comendo a quantia adequada.

Existem bebês e crianças "magrinhos" que são super saudáveis e estão dentro da normalidade das curvas de crescimento.

Devemos prestar atenção na genética da família. Normalmente filhos de pais baixos e magros herdam esta tendência, assim como o contrário.

- Como saber se comeu demais ou de menos?

Pra criança comer, ela precisa sentir fome. Se você dá comida, petiscos ou frutas toda hora, quando chega o horário das grandes refeições (almoço e jantar), eles vão comer pouco.

Preste atenção se não está ocorrendo troca de refeições, ou seja, a criança já tem sua preferência alimentar e "burla" as grandes refeições comendo os lanches, café da manhã e afins.

No caso do excesso de comida, é um pouco mais fácil perceber: seu filho estará acima do peso na curva de crescimento, suas escolhas alimentares serão erradas e na maioria das vezes composta por muito biscoito, pão, leite engrossado ou adoçado, ele fará um prato enorme de comida e ainda assim terá fome.

Normalmente, as mães se preocupam com a falta de apetite e nunca com o excesso e por isso, fica mais complicado perceber que o filho está acima do peso e que algo precisa ser feito.

Mas calma, criança não tem que fazer dieta e sim receber orientações corretas sobre alimentação. No caso de um aumento de peso desenfreado, controlar as quantidades com cuidado e sempre acompanhado de um profissional médico ou nutricionista

- Como saber se está certo?

Se a criança está se desenvolvendo bem e você como mãe escolhe os alimentos certos pra idade de seu filho, significa que está tudo certinho.

Se o prato de refeição é colorido, tem todos os grupos alimentares, ele ingere frutas ao longo do dia, bebe água ao longo do dia, evita açúcar, doces, frituras e excesso de industrializados, está tudo certo e não há com o que se preocupar.

Para ajudar nesta tarefa, montei um exemplo de cardápio infantil que contém os nutrientes necessários para garantir vitaminas e energia para o desenvolvimento adequado das crianças. Dá uma olhada:



Lembre-se: os horários e quantidades são exemplos, o importante é não deixar a criança mais de 3 horas sem comer.

Vocês acham que isso é pouco pra uma criança comer em 1 dia? 
Quando você coloca essa variedade toda em um prato, o prato fica cheio, bonito e nutritivo. Caso seu filho não coma o prato inteiro todos os dias, não se preocupe e respeite a saciedade dele.

Saiba que muitas crianças comem menos que isso e são saudáveis, super saudáveis. Eu particularmente prefiro me preocupar com a variedade dos ingredientes e garantir que eles ingiram todos os nutrientes necessários.

Muito mais importante do que o QUANTO comer é O QUE comer, desde que dentro de um quadro de normalidade onde a criança não esteja com caso de desnutrição, por exemplo, e precise aumentar a ingestão de nutrientes.

Beijos,

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cabelos cacheados e a escolha do shampoo infantil ideal: Tóin, Tóin, Tóin da Natura {Clara Usa}

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Oi gente, tudo bem?

Uma das coisas que destaca na Clara são seus cabelos cacheados, afinal, ela tem muiiiiito cabelo e seus cachinhos dão lindos de morrer (ops! modesta a mãe aqui, né?). Ela nasceu super mega cabeluda, seu cabelo pareceu ser "liso" até uns 3 meses, não caiu nenhum fio de cabelo e ela está com todos eles firme e forte até hoje, já com 1 ano e 4 meses.

Lembro perfeitamente que a pediatra me orientou a usar somente sabonete neutro em seus cabelos até ela completar 6 meses e confesso, essa tarefa foi bem difícil, porque com 6 meses ela já tinha seus cachos em grande quantidade.

Na consulta de 6 meses, o pediatra liberou o uso de shampoo e condicionador em pouca quantidade e os produtos próprios pra bebê, afinal, independente do cabelo ela era bebê, né?
Junto com a orientação da quantia e escolha correta do produto, ele disse pra observar qualquer reação alérgica.

Clara aos 4 meses e meio e seus cachos já em abundância rs

Segui todas as orientações dadas por ele e fui toda alegre e feliz comprar seus novos produtos de beleza (não por vaidade ou imprudência, mas sim porque já estava impossível pentear seus cabelos sem puxar e dada a circunstâncias, precisava encontrar a melhor solução).

Foi bem na época que a Jonhson's lançou a linha Cheirinho Prolongado e eu comecei com eles. Comprei shampoo, condicionador e o leaving, mas pro efeito de cachos bonitos eu particularmente não gostei.

Imagem: Daqui


Composição do Shampoo - Fonte: Johnson's Baby

Composição do Condicionador - Fonte: Johnson's Baby

Composição da Colônia pra Cabelos - Fonte: Johnson's Baby

Depois fui atrás de outra opção, outro cheiro e um shampoo que deixasse os cachos bonitos e o cabelo macio, foi aí que tentei a opção Hidratação Intensa, da Johnson's também, mas parei de usar assim que descobri o mau do Quartenium 15 pra saúde do bebê.


Fonte: Johnson's Baby
Composição do Shampoo Hidratação Intensa - Fonte: Johnson's Baby

Composição Condicionador Hidratação Intensa - Fonte: Johnson's Baby
Observem que na composição do shampoo tem o Quartenium 15 e depois que vi em vários blogs e sites que confio textos sobre esta substância, comecei a ler o rótulo também dos shampoos, condicionadores e afins da Clara e evitei todos que continham tal substância.

Só pra ressaltar, em abril deste ano, participei de um evento em comemoração do dia das mães da Johnson's e algumas leitoras na época pediram pra perguntar pra alguém da empresa sobre a presença desta substância nos produtos brasileiros.
Pois bem, perguntei pra pessoa responsável sobre os produtos da própria empresa, o Sr. Nilo Cobeiros e ele disse que até o fim deste ano a substância será retirada dos produtos.

Depois de tudo isso, procurei um produto sem o tal Quartenium 15,  fui em busca de outras marcas e comprei a linha de shampoo que adorei o resultado.
Eles deixaram o cabelo da Clara super macio, com cheiro prolongado e o cachos definidos.

Linha Cabelo Cacheados Turma da Mônica e Composição - Fonte: Huggies

Quando ela fez 1 ano e sua cabeleira cresceu ainda mais, passei a usar a linha Tóin, Tóin, Tóin da Natura e simplesmente AMEI o resultado, o cheiro, a maciez e definição dos cachos e isso definiu perfeitamente qual produto usar, unido a ausência do Quartenium 15 e demais substâncias nocivas e eu confiar na marca.


Os escolhidos pelo cabelo da Clara :))

Composição Shampoo Tóin Tóin Tóin - Fonte: Natura

Composição Condicionador Tóin Tóin Tóin - Fonte: Natura

Apesar dela ser Pequena, percebi que o shampoo que escolho faz toda diferença em seus cabelos, mas escolho de acordo com a orientação do meu pediatra e claro, observo se ela tem alguma reação.


Cabelo, Cabeleira, Cabeluda, Descabelada .....

E por aí? Qual shampoo vocês usam nas Crias?
Beijos

** Este post não é publieditorial e sim minha opinião sobre produtos que comprei, usei e testei em casa.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Criança baixo peso e sua alimentação reforçada (e saudável)


Imagem: Pinterest


Oi gente, tudo bem?


Uma das coisas que super preocupam as mães é a falta de ganho de peso das crianças. Já falei um pouco sobre isso, mas hoje o assunto é como nós mães podemos ajudar no ganho de peso e o mais importante, de forma saudável.

Sempre falei para os meus pacientes que "dieta" de engordar é mais difícil do que dieta para emagrecer pois, não adianta você se matar de comer gorduras, açúcares, doces, frituras e tudo que é errado e faz mal à saúde.

Para ganhar peso, precisamos lutar contra o metabolismo acelerado e aumentar a ingestão calórica de forma correta.

Vamos por partes, ou melhor, por faixa etária:

Bebês até 6 meses:

Devem ganhar peso com aleitamento materno, se o bebê não ganha peso, é interessante observar a pega, se ele não dorme durante as mamadas, adotar a livre demanda e tentar ao máximo antes de entrar com a fórmula.
Observe também como está o crescimento em centímetro, às vezes o bebê cresce mais do que engorda, e é normal.

Bebês acima de 6 meses até 12 meses:

É quando inicia-se a introdução alimentar, que deve ser feita de forma gradual e sempre com  muita calma pois, durante 6 meses o bebê só sentia o sabor, textura, temperatura do leite e de repente vem um monte de novidade.
Aos poucos, o leite materno mais os alimentos sólidos (frutas, verduras, legumes, carnes) devem manter o peso do bebê.
Caso ele não venha a ganhar peso, observe novamente se o crescimento acontece.


Crianças acima de 1 ano:

Nesta fase, é normal a criança ganhar menos peso e crescer menos, imagina só se eles crescessem igual quando bebês?
Mas caso a criança coma direito e mesmo assim não ganha peso ou cresce, precisamos aumentar a ingestão calórica desta criança.

Relembre AQUI o que falei sobre crianças de 1 ano que não querem comer.

Existem alguns alimentos naturais e saudáveis que contém mais calorias que os outros. Sabe aqueles que quem está de dieta foge por ter mais açúcar ou mais gordura, tudo natural?
Pois é, são esses mesmos que pode-se abusar com a criançada acima de 6 meses.



Outras dicas são:

- Acrescente 1 fio de azeite virgem na papa principal ou refeição na hora de servir;
- Faça vitaminas de frutas com cereais
- Crie o hábito de fazer 3 refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches intermediários
- Crie opções de lanches mais reforçados ao invés de só ter frutas, mas desde que não sejam ricos em açúcar ou gordura. Lembre-se, seu filho precisa ganhar peso com saúde.
- Amplie o paladar de seu filho, varie mais sua alimentação

Exemplos de lanches reforçados (para crianças acima de 1 ano):




Perceba que os lanches tem mais calorias, mas de forma saudável, com opções de açúcares e gorduras naturais.
Não é porque tem que ganhar peso que vamos recorrer aos farináceos, achocolatados, açúcar e etc.

Aqui no blog tem várias receitas que podem ajudá-las a variar o cardápio da criançada e colaborar com o aumento de peso.

Seu filho é seletivo e não come de jeito nenhum??? Falei sobre isso NESTE post.

Beijos

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